Tenha uma boa leitura Uma viagem com os livros : O Conto

8/31/2013

O Conto



Estrutura do Conto

1 – Unidade dramática
2 – Unidade de tempo
3 – Unidade de espaço
4 – Número reduzido de personagens
5 – Diálogo dominante
6 – Descrição e narração (tendem a anular-se)
7 – Dissertação (praticamente ausente)




                                       Em um conto de fadas, alunas do nono ano, 2013.


CONTO – História completa e fechada como um ovo. É uma célula dramática, um só conflito, uma só ação. A narrativa passiva de ampliar-se não é conto.
Poucas são as personagens em decorrência das unidades de ação, tempo e lugar. Ainda em conseqüência das unidades que governam a estrutura do conto, as personagens tendem a ser estáticas, porque as surpreende no instante climático de sua existência. O contista as imobiliza no tempo, no espaço e na personalidade (apenas uma faceta de seu caráter).
O conto se semelha a uma tela em que se fixasse o ápice de uma situação humana.

                                


ESTRUTURA - É essencialmente objetivo, horizontal e narrado em 3ª pessoa. Foge do introspectivismo para a realidade viva, presente, concreta.
Divagações são escusadas. Breve história. Todas as palavras hão de ser suficientes e necessárias e devem convergir para o mesmo alvo. O dado imaginativo se sobrepõe ao dado observado. A imaginação, necessariamente presente, é que vai conferir à obra o caráter estético. Jamais se perde no vago. Prende –se à realidade concreta. Daí nasce o realismo, a semelhança com a vida.

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LINGUAGEM – Objetiva; utilizar metáforas de imediata compreensão para o leitor; despe –se de abstrações e da preocupação com o rebuscamento.
O conto desconhece alçapões subterrâneos ou segundas intenções. Os fatos devem estar presentes e predominantes. Ação antes da intenção.
Dentre os componentes da linguagem do conto, o diálogo é o mais importante de todos. Está em primeiro lugar; por dramático, deve ser tanto quanto possível dialogado.
Os conflitos, os dramas residem na fala das pessoas, nas palavras ditas, não no resto. Sem diálogos não há discórdia, desavença ou mal – entendido e, sem isso, não há conflito e nem ação.
As palavras como signos de sentimentos, de idéias, emoções, podem construir ou destruir. Sem diálogo torna –se impossível qualquer forma completa de comunicação. A música e a dança transmitem parcialmente tudo o que o homem sente ou pensa. O meio ideal de comunicação é a palavra, sobretudo na forma de diálogo.
O diálogo é a base expressiva do conto: diálogo direto, indireto e interior.
No conto, predomina o diálogo direto que permite uma comunicação imediata entre o leitor e a narrativa.
Se usado diálogo indireto em excesso, o conto falha ou é de estreante.
Diálogo interior: trata –se de um requintado expediente formal, de complexo e difícil manuseio.
Outro expediente lingüístico é a narração, que deve aparecer em quantidade reduzida, proporcional ao diálogo.
Os escritores neófitos ou inexperientes usam e abusam da narração, por ser um recurso fácil, que prescinde das exigências próprias do diálogo. É um recurso que tende a zero no conto.
A descrição ocupa semelhante lugar na estrutura do conto. Está fora de cogitação o desenho acabado das figuras. Ao contrário, o conto não se preocupa em erguer um retrato completo das personagens, mas centram –se nos conflitos entre as personagens.
A descrição da natureza, ou do ambiente, ocupa ainda mais modesto, pois o drama expresso pelo diálogo, dispensa o cenário. O drama mora nas pessoas, não nas coisas e nem na roupagem.
A descrição completa-se com 2 ou 3 notas singelas, apenas para situar o conflito no espaço.
                                            
                                                      TRAMA - Linear, objetiva. A cronologia do conto é a relógio, de modo que o leitor vê os fatos se sucederem numa continuidade semelhante à vida real.
O conto, ao começar, já está próximo do epílogo. A precipitação domina o conto desde a primeira linha.
No conto, a ação caminha claramente à frente. Todavia, como na vida real, que pretende espelhar, de um momento para o outro deflagra o estopim e o drama explode imprevistamente. A grande força do conto e o calvário dos contistas consiste no jogo narrativo para prender o interesse do leitor até desenlace, que é, regra geral, um enigma.
O final enigmático deve surpreender o leitor, deixar – lhe uma semente de meditação ou de pasmo perante a nova situação conhecida.
A vida continua e o conto se fecha insequente.
Casos há em que o enigma vem diluindo no decorrer do conto. Neste caso ele se aproxima da crônica ou corresponde a episódio de romance.
FOCO NARRATIVO – 1ª e 3ª pessoas. O conto transmite uma única impressão ao leitor.
Começo e epílogo: O epílogo do conto é o clímax da história. Enigmático por excelência, deve surpreender o leitor.
O contista deve estar preocupado com o começo, pois das primeiras linhas depende o futuro do resto, do que terminar.
O começo está próximo do fim. E o contista não pode perder tempo com delongas que enfastiam o leitor, interessado no âmago da história.
O início é a grande escolha. O contista deve saber como começar, o romancista.
A posição do leitor diante do conto é de quem deseja, às pressas, desentediar – se. Ele procura no conto o desenfado e o deslumbramento perante o talento que coloca em reduzidas páginas tanta humanidade em chama.O contista sacrifica tudo quanto possa perturbar a ideia de completude e unidade.

                          CONCLUSÃO

A narrativa passível de ampliar-se ou adaptar-se a esquema diversos, ainda que o seu autor a considere, impropriamente, não pode ser classificada de conto. 
         
              Após, clicar e ler sobre' Contos de fadas' ,' Era uma vez...  ',"quiz :'Foi Clarice que disse?'   e/ou este conto de suspense: 

Perseguição (Suspense)

Meia noite, cansado e com sono, lá estava eu, andando pelas ruas sujas e desertas dessa cidade. Minhas únicas companhias eram a Lua e alguns animais de vida noturna. Num canto havia um cão e um gato tentando encontrar alimentos, revirando latas de lixo. Em outro ponto da rua, ratos entravam e saíam de um esgoto próximo à padaria da esquina. Eu estava tentando lembrar por que havia saído tão tarde do emprego, quando ouvi uns passos atrás de mim.
Caminhei mais depressa, sem olhar para trás. Comecei a tremer e a suar frio. Coração acelerado. Aqueles passos não paravam de me perseguir. Virei depressa. Não havia nada além de sombras. O medo aumentou. Ou eu estava enlouquecendo, ou estava sendo seguido por algo sobrenatural.
Corri desesperadamente. Parei na primeira esquina, ofegante. Olhei novamente. Nada! Continuei a andar, tentando manter a calma. Faltava pouco pra chegar a minha casa.
Já mais tranquilo, parei, finalmente, em frente à minha porta. Peguei a maçaneta, ainda um pouco trêmulo devido ao susto e à corrida. Quando a girei, a porta não abriu. Provavelmente meus pais já estavam dormindo. Procurei minhas chaves em todos os bolsos que tinha. Não encontrei.
Os passos recomeçaram. O medo voltou em dobro. Estava meio tonto. Não conseguia manter-me de pé. O mundo girava vertiginosamente. Tentei gritar, mas a voz não veio. Aquele som se aproximava cada vez mais. Não havia saída. Juntei, então, todas as minhas forças e, num movimento brusco... Caí da cama e acordei!
Paulo André T. M. Gomes (Texto escrito em 2003 e editado em 2011)
   Agora é sua vez de entrar no mundo da imaginação e criar seu próprio conto...
                                                          Boa escrita!!!
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  # Conto desenvolvido pelo aluno:  - Guilherme Fernando - 8E - 2013

                                        Jake - O assassino

   Duas da manhã,quando eu voltava da escola,era um dia normal como qualquer outro, a não ser pelo fato do ônibus ter quebrado no meio do caminho, para minha escola até minha casa são cerca de 50 minutos de ônibus, porém o ônibus quebrou ....Neste dia estava cansado e com sono pois havia passado a noite toda jogando vídeo game, estava ouvindo música em meu celular quando o ônibus quebrou, tirei os fones de ouvido e vi que estava saindo fumaça do motor, o motorista desceu viu que não poderia fazer nada, então decidiu ligar para a central de transporte, eles informaram que o resgate demoraria cerca de 30 minutos para chegar.
    Eu, louco para chegar em casa, logo decidi voltar a pé, mesmo estando muito cansado e com sono fui caminhando, quando encontrei um velho amigo de uma antiga escola cumprimentei ele e segui em frente escutando música em meu celular que estava já apitando, pois a bateria estava fraca, quando lembrei de um atalho para casa que eu costumava brincar de esconde-esconde quando era criança, eram 20:30, e neste horário tudo estava escuro e neste atalho não vi nenhuma fonte de luz, fui iluminando o caminho com o meu celular.
     Quando um som vem do celular, a bateria tinha acabado, estava tudo escuro, mas com pressa decidi continuar pelo caminho, quando de repente ouço um barulho no meio de um arbustro, com medo, mas fui lá olhar o que havia sido aquele barulho, era apenas um gatinho que saiu assustado..Ufa!!! Achei que fosse outra coisa. Continuei caminhando pelo lugar, mas percebi que havia me perdido.Comecei a perceber que estava perdido e algo estava me seguindo, comecei a correr quando de repente bato de frente com um homem,que deveria ter um pouco mais de 1,75 cm  ,ele vestia um capuz preto com calça jeans escura,sua aparência era jovial, acho que não passava dos 22 anos, mas comseguia ver seu rosto no escuro tremendo perguntei seu nome e ele disse:
     - Meu nome é Jake o assassino.
      Logo que ele disse "assassino", comecei a correr sem rumo em meio aquele atalho onde eu não deveria ter entrado, e de repente tropeço em uma raiz de alguma árvore, quando o tal Jake veio por cima de mim, que estava deitado no chão,como se estivesse congelado, naquele momento senti que toda felicidade do mundo tivesse ido embora, ele aponta a faca em direção a minha barriga, e pummmmmmmmm....A campainha do ônibus tocou, eu acordei assustado e percebi que tudo aquilo não tinha passado de um pesadelo!!....
                                                  
Guilherme - personagem - Jake.



# O livro de contos estará disponível na biblioteca do Padilha.
Parabéns, aos  alunos contistas! ( oitavas: B, D, E e F )

 


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