Tenha uma boa leitura Uma viagem com os livros : setembro 2013

9/30/2013

Concordância Verbal - ERROS DE CONCORDÂNCIA



Concordância Verbal


SUJEITO CONSTITUÍDO PELOS PRONOMES QUE & QUEM
QUE: se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo concorda com o antecedente do pronome relativo.
- Fui eu que falei. (eu falei)
- Fomos nós que falamos. (nós falamos)
QUEM: se o sujeito for o pronome relativo quem, o verbo ficará na terceira pessoa do singular ou concordará com o antecedente do pronome (pouco usado).
- Fui eu quem falou. (ele (3ª pessoa) falou)
Obs: nas expressões “um dos que”, “uma das que”, o verbo deve ir para o plural. Porém, alguns estudiosos e escritores aceitam ou usam a concordância no singular.
- João foi um dos que saíram.
PRONOME DE TRATAMENTOO verbo fica sempre na 3ª pessoa (ele – eles).
- Vossa Alteza deve viajar.
- Vossas Altezas devem viajar.
DAR – BATER – SOAR (indicando horas)
Quando houver sujeito (relógio, sino) os verbos concordam normalmente com ele.
- O relógio deu onze horas.
- O Relógio: sujeito
Deu: concorda com o sujeito.
Quando não houver sujeito, o verbo concorda com as horas que passam a ser o sujeito da oração.
- Deram onze horas.
- Deram três horas no meu relógio.
SUJEITO COLETIVO (SUJEITO SIMPLES)
- O cardum- e escapou da rede.
- Os cardumes escaparam da rede.
Nesses dois exemplos o verbo concordou com o coletivo (sujeito simples).
Quando o sujeito é formado de um coletivo singular seguido de complemento no plural, admitem-se duas concordâncias:
1ª) verbo no singular.
- O bando de passarinhos cantava no jardim.
- Um grupo de professores acompanhou os estudantes.
2ª) o verbo pode ficar no plural, nesse caso o verbo no plural dará ênfase ao complemento.
- O bando de passarinhos cantavam no jardim.
- Um grupo de professores acompanharam os estudantes
SE 
Verbos transitivos diretos e verbos transitivos diretos e indiretos + – se:
Se o termo que recebe a ação estiver no plural, o verbo deve ir para o plural, se estiver no singular, o verbo deve ir para o singular.
- Alugam-se cavalos.
“Alugar” é verbo transitivo direto.
“Cavalos” recebe a ação e está no plural, logo o verbo vai para o plural.
Aqui o “se” é chamado de partícula apassivadora (Cavalos são alugados).
Outros exemplos:
- Vendem-se casas.
- Alugam-se apartamentos.
- Exigem-se referências.
- Consertam-se pianos.
- Plastificam-se documentos.
- Entregou-se uma flor à mulher. (verbo transitivo direto e indireto)
OBS: Somente os verbos transitivos diretos têm voz passiva.
Qualquer outro tipo de verbo (transitivo indireto ou intransitivo) fica no singular.
- Precisa-se de professores. (Precisar é verbo transitivo indireto)
- Trabalha-se muito aqui. (trabalhar é verbo intransitivo)
Nesse caso, o “se” é chamado de índice de indeterminação do sujeito ou partícula indeterminadora do sujeito.
HAVER – FAZER
“Haver” no sentido de “existir”, indicando “tempo” ou no sentido de “ocorrer” ficará na terceira pessoa do singular. É impessoal, ou seja, não admite sujeito.
“Fazer” quando indica “tempo” ou “fenômenos danatureza”, também é impessoal e deverá ficar na terceira pessoa do singular.
- Nesta sala há bons e maus alunos. (= existe)
- Já houve muitos acidentes aqui. (= ocorrer)
- Faz 10 anos que me formei. (= tempo decorrido)
SUJEITO COMPOSTO RESUMIDO POR UM INDEFINIDO 
O verbo concordará com o indefinido.
Tudo, jornais, revistas, TV, só trazia boas noticias.
Ninguém, amigos, primos, irmãos veio visitá-lo.
- Amigos, irmãos, primos, todos foram viajar.
PESSOAS DIFERENTES
O verbo flexiona-se no plural na pessoa que prevalece (a 1ª sobre a 2ª e a 2ª sobre a 3ª).
Eu e tu: nósEu e você: nós
Ela e eu: nós
Tu e ele: vós
- Eu, tu e ele resolvemos o mistério. (1ª pessoa prevalece)
- O diretor, tu e eu saímos apressados. (1ª pessoa prevalece)
- O professor e eu fomos à reunião. (1ª pessoa prevalece)
- Tu e ele deveis fazer a tarefa. (2ª pessoa prevalece)
Obs: como a 2ª pessoa do plural (vós) é muito pouco usado na língua contemporânea , é preferível usar a 3ª pessoa quando ocorre a 2ª com a 3ª.
- Tu e ele riam à beça.
- Em que língua tu e ele falavam?
Podemos também substituir o “tu” por “você”.
- Você e ele: vocês
NOMES PRÓPRIOS NO PLURAL 

 Se o nome vier antecedido de artigo no plural, o verbo deverá concordar no plural.
- Os Andes ficam na América do Sul.
Se não houver artigo no plural, o verbo deverá concordar no singular.
- Santos fica em São Paulo.
- “Memórias Póstumas de Brás Cubas” consagrou Machado de Assis.
Obs 1: Com nome de obras artísticas, admite-se a concordância ideológica com a palavra “obra”, que está implícita na frase.
- “Os Lusíadas” imortalizou Camões.
Obs 2: Com o verbo “ser” e o predicativo no singular, o verbo fica no singular.
“Os Lusíadas” é a maior obra da Literatura Portuguesa.
- Os EUA já foi o primeiro mercado consumidor.
SER
O verbo “ser” concordará com o predicativo quando o sujeito for o pronome interrogativo “que” ou “quem”.
- Quem são os eleitos?
- Que seriam aqueles ruídos estranhos?
- Que são dois meses?
- Que são células?
- Quem foram os responsáveis?
Quando o verbo “ser” indicar tempo, data, dias ou distância, deve concordar com a apalavra seguinte.
- É uma hora.
- São duas horas.
- São nove e quinze da noite.
- É um minuto para as três.
- Já são dez para uma.
- Da praia até a nossa casa, são cinco minutos.
- Hoje é ou são 14 de julho?
Em relação às datas, quando a palavra “dia” não está expressa, a concordância é facultativa.
Se um dos elementos (sujeito ou predicativo) for pronome pessoal, o verbo concordará com ele.
- Eu sou o chefe.
- Nós somos os responsáveis.
- Eu sou a diretora.
Quando o sujeito é um dos pronomes isto, isso, aquilo, o, tudo, o verbo “ser” concordará com o predicativo.
- Tudo são flores.
- Isso são lembranças de viagens.
Pode ocorrer também o verbo no singular concordando com o pronome (raro).
- Tudo é flores.
Quando o verbo “ser” aparece nas expressões “é muito”, “é bastante”, “é pouco”, “é suficiente” denotando quantidade, distância, peso, etc ele ficará no singular.
- Oitocentos reais é muito.
- Cinco quilos é suficiente.


Exercícios

1- Nas frases a seguir, efetue a concordância, escolhendo a forma verbal adequada:

a- A maioria dos políticos ___________ contra . (votou/votaram)
b- Uma multidão de torcedores ___________. (gritava/gritavam)
c- Um enxame __________ no telhado. (pousou/pousaram)
d- Um enxame de abelhas africanas ___________no telhado. (pousou/pousaram)
e- A maioria dos custos ____________________. (seria revista/ seria revistos)
f- A maioria ali ____________ a reforma. (apoiou/apoiaram)
g- Cerca de vinte pessoas ___________ na delegacia. (acabou/acabaram)
h- Mais de um policial ____________ no local. (esteve/estiveram)
i- 20% dos municípios não _____________ acertar as contas com o Estado. (conseguiu/conseguiram)
j- 80% da Mata Atlântica não ______________à ação do homem. (resistiu/resistiram)
k- 1% dos eleitores, apenas, ______________ em partidos de direita. (votou/votaram)
l- Ele foi um dos que ________________ pelos nossos direitos. (lutou/lutaram)
m- Ana foi uma das que _____________ no vestibular. (passou/passaram)
n- Minas Gerais _______________ grandes escritores. (tem/têm)
o- Os Sertões ______________ muitos historiadores. (influenciou/influenciaram)
p- Os Estados Unidos ______________ o Iraque. (invadiu/invadiram)
q- Poucos de nós _____________ o dinheiro. (conseguirão/conseguiremos)
r- Alguns de nós _____________ escalados para entregar o prêmio. ( foram/fomos)
s- Qual de nós _____________ o exercício? (fará/farão/faremos)
t- Nenhum dos presentes ____________ abrir a boca. (ousou/ousaram)
u- Fui eu que __________ os exercícios. (fiz/fez)
v- Fomos nós quem _____________  o quadro.(pintou/pintamos)

2- Complete as frases seguintes com a forma apropriada do verbo SER, no presente do indicativo:


a- Mariana ______________ as alegrias da mãe.
b- Vidas Secas ___________ uma obra muito conhecida de todos.
c- As tristezas da família ___________ as peripécias do filho.
d- Os responsáveis pelo trabalho ___________ sempre nós.
e- Hoje _________ dia 13 de setembro.
f- Hoje ________ 28 de maio.
g- Seu problema ___________ eu?
h- O país __________ nós. Nós ________ a nação brasileira.
i- _________ exatamente vinte para as três.
j- Aquilo __________atitudes típicas de adolescente.



9/29/2013

Concordância Nominal



A concordância nominal é assim chamada porque estabelece uma relação morfológica entre elementos tradicionalmente chamados "nomes".

Podem-se distinguir dois tipos de concordância nominal: a concordância entre termos do Sintagma Nominal (um sintagma nominal é um grupo de signos linguísticos que tem como base ou núcleo um substantivo ou termo equivalente) e a concordância de um termo oracional com o sujeito ou o objeto direto.

Nesses dois casos, o fenômeno tem a ver com os traços de gênero e de número de certos constituintes, que precisariam harmonizar-se com os traços correspondentes de um constituinte considerado central.

I - CONCORDÂNCIA DO ADJETIVO COM O SUBSTANTIVO

Regra geral: o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo.

1. Adjetivo posposto a dois ou mais substantivos:
a) o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo mais próximo se apenas a ele se refere: Lá estava o cavalo e a casa DESTELHADA.
b) irá para o plural se sua referência se estender a todos; se todos os substantivos são do mesmo gênero, este será conservado: Aquele foi um beijo e um abraço DEMORADOS.
Ela tem roupa e casa LIMPAS. / Pelé e Amarildo saíram CABISBAIXOS.

Observação: se os gêneros são diferentes, receberá o adjetivo flexão masculina:
Mulher e marido BRIGUENTOS devem ter paciência.

c) o adjetivo concorda em gênero e número com o mais próximo:
- quando os substantivos são sinônimos entre si: O furor e a raiva HUMANA podem matar.
- quando os substantivos se alinham em gradação: A inteligência, o esforço, a dedicação EXTRAORDINÁRIA venceu tudo.
2. Adjetivo anteposto a dois ou mais substantivos:
a) quase sempre concorda com o substantivo mais próximo em gênero e número: Escolheste MAU lugar e hora para falar no assunto. / AROMÁTICAS rosas e cravos adornam o jardim.

b) se o adjetivo estiver anteposto a nomes próprios de pessoas ou a títulos, deverá ir para o plural: Muito nos ensinaram os GRANDES Machado de Assis e José de Alencar. / Os AFORTUNADOS embaixador dos Estados Unidos e primeira-ministra de Israel escaparam do atentado.

II - CASOS ESPECIAIS

1. ANEXO - INCLUSO - LESO - MESMO - PRÓPRIO - QUITE - OBRIGADO
- Concordam com o substantivo a que se referem:


  • ANEXO é adjetivo e, em consequência, concorda com o substantivo a que se relaciona em gênero e número. Exemplos:
    "... foi professor de Gramática, Geografia e História na escola ANEXA à militar." (Fausto Barreto)
    "Vão ANEXAS as palavras que lhe ouvi." (apud Cândido Jucá Filho)
    ANEXA à presente, enviamos a relação das mercadorias.
    No processo de compra, não estavam ANEXOS os orçamentos.

    ObservaçãoEm anexo é expressão adverbial, invariável, e de largo uso, embora combatida por alguns autores.
  • INCLUSO: vale a mesma observação a respeito de anexo. Exemplos:
    Remeto a V.S.as., INCLUSA nesta pasta, uma fotocópia do recibo.
    Remeto a V.S.as. o recibo INCLUSO nesta pasta.
  • LESO é adjetivo e, como tal, flexiona-se. Exemplos:
    Cometeu crime de LESO-patriotismo.
    Ajudar esses espiões seria crime de LESA-pátria.
  • MESMO:
    a) como adjetivo é variável e equivale a idêntico, igual, análogo. Exemplos:
    "Os fantasmas não fumam, porque poderiam fumar a si MESMOS." (Mário Quintana)
  • Os alunos MESMOS organizaram o trabalho.
    "A viagem do sono nem sempre é a MESMA viagem." (Paulo Mendes Campos)
    "Percorrera aquela MESMA senda, aspirava aquele MESMO vapor que baixava denso do céu verde." (L.F. Telles)

    b) Como advérbio é invariável e corresponde a justamenteexatamente, ou ainda,até. Exemplos:
    "Você esperneia, revolta-se - adianta? MESMO sua revolta foi protocolada." (C.D.A.)
    "Livro raro, MESMO, é aquele que foi emprestado e foi devolvido." (Plínio Doyle)
    • Observação: Não se deve dizer: conosco mesmos ou convosco mesmos; o correto é: com nós mesmos e com vós mesmos.
    • Para os casos abaixo, vale a mesma observação a respeito de MESMO enquanto adjetivo. Exemplos:
      Eu PRÓPRIA conferi a carga, disse a secretária. / OBRIGADO, respondeu o chefe. / A esposa do chefe também não cansava de dizer OBRIGADA. / Estou QUITE com minhas dívidas. / Estamos QUITES com o serviço militar. (Obs.: forma do particípio passado do verbo quitar, flexiona-se em número)

      2. é PRECISO, é NECESSÁRIO, é BOM, é PROIBIDO e expressões equivalentes
    • a) referindo-se a nomes sem elementos determinantes, essas expressões ficam invariáveis: É PRECISO força para trabalhar e estudar. / É NECESSÁRIO segurança para se viver bem. / É BOM plantação de erva-cidreira para afugentar formigas. / Água é BOM. / É PROIBIDO entrada de pessoas estranhas ao serviço.

      b) com nomes acompanhados de elemento determinante, essas expressões concordam com ele em gênero e número: SERIAM PRECISOS vários bombeiros para deter o incêndio.
      É NECESSÁRIA a tua compreensão. / É BOA a plantação de erva-cidreira para afugentar formigas. / A água é BOA para a saúde. / É PROIBIDA a entrada de animais. / "Não viu o letreiro: 'É expressamente PROIBIDA a entrada'?" (C. D. A.)

      3. Só - SÓS
      a) Só (adjetivo) corresponde a sozinhoúni
      camenteapenas e não se flexiona: é invariável. Exemplos: Ele SÓ falou bobagens. / "SÓ não sai de moda quem está nu." (Mário Quintana) / "Vende-se uma cama da casal usada uma noite SÓ." (Leon Eliachar).

      Observação: Existem as locuções a só e a sós, esta mais frequente, equivalente a sem companhia: é invariável. Exemplos: Eles ficaram a sós/ O casal ficará a sós. / " - Amigo João Brandão - disse pausadamente o homem quando ficaram a sós..." (C.D.A)
    4. BASTANTE(s) pode ser:
    a) bastante = advérbio de intensidade: é invariável.
    Ele ficou BASTANTE preocupado / Os pós-graduandos estudam BASTANTE.

    b) bastante = pronome indefinido (= muitos) - flexiona-se
    Naquela classe há BASTANTES rapazes.

    5. MEIO
    a) meio = advérbio de intensidade: é invariável.
    Ando MEIO distraída ultimamente. / "Sentava calado, com a cara MEIO triste, um ar sério." (Rubem Braga) / Existem maridos que são MEIO surdos: sempre que suas mulheres lhes pedem 50 eles só ouvem 25." (Leon Eliachar)

    b) meio = numeral (= metade): flexiona-se.
    É MEIO dia e MEIA. (meia hora)
    Ele comeu MEIO bolo sozinho.

    • 6. MENOS - ALERTA - PSEUDO - A OLHOS VISTOS
      São sempre invariáveis.
    • Na classe, há MENOS moças que rapazes. / Mais amor e MENOS confiança./ "Devora-se a infeliz mísera gente: E sempre reduzida a MENOS terra." (Santa Rita Durão) / "A cidade, aliás, está parecendo mais civilizada: com MENOS gente, MENOS carros, dir-se-ia mais habitável..." (Cláudio Abramo)
    • Lúcia emagreceu A OLHOS VISTOS.
    • ALERTA, segundo Antenor Nascentes, trata-se de uma interjeição militar; era um grito que se proferia à aproximação do inimigo. José Pedro Machado confirma a informação. Logo, por ter valor interjectivo, permanece invariável. Outros o consideram advérbio (em estado de prontidão) e, assim, também, permanece invariável. Exemplos:
      "Antes ouvido a revolta da cidade, estiverão mais ALERTA." (apud José Pedro Machado - texto arcaico) / "Duas sentinelas sempre ALERTA." (Alencar apud Cândido Jucá Filho) / Na porta dos bancos, os seguranças ficam ALERTA.
    • Trata-se de PSEUDO-especialistas.
    Jorge Viana de Moraes, Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação é professor universitário em cursos de graduação e pós-graduação na área de Letras. Atualmente, mestrando em Língua Portuguesa e Filologia pela Universidade de São Paulo.

    Exercícios


    • Questão 1
      Mediante os enunciados linguísticos em evidência, explicite seus conhecimentos acerca da concordância nominal, com vistas a registrar suas impressões:
      É proibido entrada de visitantes nesta área do parque.
      É proibida a entrada de visitantes nesta área do parque.

    • Questão 2
      Partindo do pressuposto de que algumas classes de palavras se caracterizam como invariáveis, analise as orações abaixo, optando por atribuir-lhes o termo correspondente.
      a – A garota parece ------------- confusa. (meio/meia)
      b -  Comemos ------------pizza durante o rodízio com amigos. (meio/meia)
      c – São -------------------as reclamações sobre a mudança de itinerário. (bastante/bastantes)
      d – Por hoje já basta, pois estamos ---------------------cansadas. (bastante/bastantes)
      e – Perdemos ----------------------chances de demonstrarmos nosso talento. (bastante/bastantes)

    • Questão 3
      (Acafe-SC) Assinale a alternativa que completa corretamente os espaços:
      A entrada para o cinema foi..., mas o filme e o desenho... compensaram, pois saímos todos.... 
      a) caro – apresentado – alegre
      b) cara – apresentado - alegre
      c) caro – apresentados – alegres
      d) cara – apresentados – alegres
      e) cara – apresentados – alegre.

    • Questão 4
      Tendo em vista algumas peculiaridades relacionadas entre o substantivo e o adjetivo, elabore enunciados utilizando-se das expressões “quite”, “obrigado”, “anexo” e “incluso”.

    • Questão 5
      (TJ-SP) Considerando a concordância nominal, assinale a frase correta:

      a) Ela mesmo confirmou a realização do encontro.
      b) Foi muito criticado pelos jornais a reedição da obra.
      c) Ela ficou meia preocupada com a notícia.
      d) Muito obrigada, querido, falou-me emocionada.
      e) Anexos, remeto-lhes nossas últimas fotografias.

    9/23/2013

    Pontuação

    Sinais de Pontuação

    Os sinais de pontuação representam os recursos atribuídos à escrita. Dentre suas muitas finalidades, está a de reproduzir pausas e entonações da fala.

    Os sinais de pontuação são recursos destinados à escrita, dotados de finalidades específicas              Para que servem os sinais de pontuação?
     No geral, para representar pausas na fala, nos casos do ponto, vírgula e ponto e vírgula; ou entonações, nos casos do ponto de exclamação e de interrogação, por exemplo.
    Além de pausa na fala e entonação da voz, os sinais de pontuação reproduzem, na escrita, nossas emoções, intenções e anseios.
    Vejamos aqui alguns empregos:
    1. Vírgula (,)
    É usada para:
    a) separar termos que possuem mesma função sintática na oração: O meni
    no berrou, chorou, esperneou e, enfim, dormiu.
    Nessa oração, a vírgula separa os verbos.
    b) isolar o vocativo: Então, minha cara, não há mais o que se dizer!
    c) isolar o aposto: O João, ex-integrante da comissão, veio assistir à reunião.
    d) isolar termos antecipados, como complemento ou adjunto:
    1. Uma vontade indescritível de beber água, eu senti quando olhei para aquele copo suado! (antecipação de complemento verbal)
    2. Nada se fez, naquele momento, para que pudéssemos sair! (antecipação de adjunto adverbial)
    e) separar expressões explicativas, conjunções e conectivos: isto é, ou seja, por exemplo, além disso, pois, porém, mas, no entanto, assim, etc.
    f) separar os nomes dos locais de datas: Brasília, 30 de janeiro de 2009.
    g) isolar orações adjetivas explicativas: O filme, que você indicou para mim, é muito mais do 
    que esperava.
    2. Pontos
    2.1 - Ponto-final (.)
    É usado ao final de frases para indicar uma pausa total:
    a) Não quero dizer nada.
    b) Eu amo minha família.
    E em abreviaturas: Sr., a. C., Ltda., vv., num., adj., obs.
     
    2.2 - Ponto de Interrogação (?)


    O ponto de interrogação é usado para:

    a) Formular perguntas diretas:

    Você quer ir conosco ao cinema?
    Desejam participar da festa de confraternização?

    b) Para indicar surpresa, expressar indignação ou atitude de expectativa diante de uma determinada situação:

    O quê? não acredito que você tenha feito isso! (atitude de indignação)
    Não esperava que fosse receber tantos elogios! Será que mereço tudo isso? (surpresa)
     Qual será a minha colocação no resultado do concurso? Será a mesma que imagino? (expectativa)
    Esse sinal de pontuação é utilizado nas seguintes circunstâncias:

    a) Depois de frases que expressem sentimentos distintos, tais como: entusiasmo, surpresa, súplica, ordem, horror, espanto:

    Iremos viajar! (entusiasmo)
    Foi ele o vencedor! (surpresa)
    Por favor, não me deixe aqui! (súplica)
    Que horror! Não esperava tal atitude.  (espanto) 
    Seja rápido! (ordem)

    b) Depois de vocativos e algumas interjeições:

    Ui! que susto você me deu. (interjeição)
    Foi você mesmo, garoto! (vocativo)
    c) Nas frases que exprimem desejo:
    Oh, Deus, ajude-me! 

    Observações dignas de nota:
    * Quando a intenção comunicativa expressar, ao mesmo tempo, questionamento e admiração, o uso dos pontos de interrogação e exclamação é permitido. Observe:
    Que que eu posso fazer agora?!

    * Quando se deseja intensificar ainda mais a admiração ou qualquer outro sentimento, não há problema algum em repetir o ponto de exclamação ou interrogação. Note:
    Não!!! – gritou a mãe desesperada ao ver o filho em perigo.  
    É usado para:
    a) separar itens enumerados:
    A Matemática se divide em:
    - geometria;
    - álgebra;
    - trigonometria;
    - financeira.
    b) separar um período que já se encontra dividido por vírgulas: Ele não disse nada, apenas olhou ao longe, sentou por cima da grama; queria ficar sozinho com seu cão.
    4. Dois-pontos (:)
    É usado quando:
    a) se vai fazer uma citação ou introduzir uma fala:
    Ele respondeu: não, muito obrigado!
    b) se quer indicar uma enumeração:
    Quero lhe dizer algumas coisas: não converse com pessoas estranhas, não brigue com seus colegas e não responda à professora.
    5. Aspas (“”)
    São usadas para indicar:
    a) citação de alguém: “A ordem para fechar a prisão de Guantánamo mostra um início firme. Ainda na edição, os 25 anos do MST e o bloqueio de 2 bilhões de dólares do Oportunity no exterior” (Carta Capital on-line, 30/01/09)
    b) expressões estrangeiras, neologismos, gírias: Nada pode com a propaganda de “outdoor”.
    6. Reticências (...)
    São usadas para indicar supressão de um trecho, interrupção ou dar ideia de continuidade ao que se estava falando:
    a) (...) Onde está ela, Amor, a nossa casa,
    O bem que neste mundo mais invejo?
    O brando ninho aonde o nosso beijo
    Será mais puro e doce que uma asa? (...)
    b) E então, veio um sentimento de alegria, paz, felicidade...
    c) Eu gostei da nova casa, mas do quintal...
    7. Parênteses ( )
    São usados quando se quer explicar melhor algo que foi dito ou para fazer simples indicações.
    Ele comeu, e almoçou, e dormiu, e depois saiu. (o e aparece repetido e, por isso, há o predomínio de vírgulas).
    8. Travessão (–)
    O travessão é indicado para:
    a) Indicar a mudança de interlocutor em um diálogo:
    - Quais ideias você tem para revelar?
    - Não sei se serão bem-vindas.
    - Não importa, o fato é que assim você estará contribuindo para a elaboração deste projeto.
    b) Separar orações intercaladas, desempenhando as funções da vírgula e dos parênteses:   
    Precisamos acreditar sempre – disse o aluno confiante – que tudo irá dar certo.
    Não aja dessa forma – falou a mãe irritada – pois pode ser arriscado.
    c) Colocar em evidência uma frase, expressão ou palavra:
    O prêmio foi destinado ao melhor aluno da classe – uma pessoa bastante esforçada. 
    Gostaria de parabenizar a pessoa que está discursando – meu melhor amigo.

    • Questão 1
      De acordo com o enunciado linguístico presente em um anúncio publicitário, responda ao que se pede:
      Só uma coisa
      Pode convencer você a trocar seu Guia Brasil:
      O guia Brasil 2003 
      Atribua seus conhecimentos ao emprego do sinal de pontuação em evidência justificando o uso do mesmo.

    • Questão 2
      Analise o fragmento extraído de um conto machadiano,  intitulado – “Um apólogo”, pontuando-o de acordo com as regras preestabelecidas:

      Era uma vez uma agulha que disse a um novelo de linha
      Por que está você com esse ar, toda cheia de si toda enrolada para fingir que vale alguma cousa neste mundo

    • Questão 3
      Explique a diferença de sentido em ambas as orações, levando em consideração os sinais de pontuação.
      Eleitor quer justificar seu voto.
      Eleitor, quer justificar seu voto?

    • Questão 4
      (Fund. Carlos Chagas) Os períodos abaixo apresentam diferenças de pontuação.    Assinale a letra correspondente ao período de pontuação correta:

      a – (   ) Hoje, eu daria o mesmo conselho, menos doutrina e, mais análise.
      b - (    ) Hoje eu daria o mesmo conselho: menos doutrina e mais análise.
      c – (   ) Hoje, eu, daria o mesmo conselho, menos doutrina e mais análise.
      d – (   ) Hoje eu daria o mesmo conselho menos doutrina e mais análise.
      e – (   ) Hoje eu, daria o mesmo conselho: menos doutrina, e, mais análise.

    • Questão 5
      Atente-se para o enunciado abaixo, atribuindo-lhe a devida pontuação:

      Charles Darwin coletou muitos fósseis na viagem naquela época os fósseis eram considerados restos preservados de animais e vegetais há muito extintos a opinião aceita era que esses fósseis se formavam após uma grande catástrofe como o dilúvio que exterminava muitos seres vivos
                                                      (PARKER, Steve. Darwin e a evolução. São Paulo: Scipione, 2002.p.11. Caminhos da Ciência)



    9/14/2013

    O gênero' Romance' e sua estrutura.



    adaptado - 1996


                                           
    adaptado - 2013

    Romeu e Julieta um dos maiores romances de
    Willian Shakespeare
    William Shakespeare - Biografia e obras
    Biografia, principais obras, poemas, teatro elisabetano, Romeu e Julieta, Rei Lear,
    Othelo, Hamlet, Macbeth, Sonho de uma noite de verão, frases
    Shakespeare
    Pintura de Willian Shakespeare: um dos maiores nomes do teatro mundial

    # clicar para saber mais sobre o autor:

                                           http://www.suapesquisa.com/shakespeare/










  •                                           
    O Romance é a narração  mais conhecida, além de ser a preferida entre os leitores. A estrutura desse tipo de narrativa é complexa, já que não acomoda apenas um núcleo, mas várias tramas se desencadeiam durante a narração da história principal.
    Chama-se romance  porque se tornou conhecido a partir do Romantismo, apesar de a sua raiz ser de antes, do Realismo. Os romances realistas são mais fiéis a esse tipo de texto, tanto na sua estrutura quanto no tipo de abordagem, na crítica social, na descrição minuciosa, etc.
    Segundo Hegel, o Romance seria a epopeia burguesa moderna. Essa denominação se dá ao fato de o Romance ter se firmado logo depois do crescimento da industrialização no séc. XVIII momento em que a epopeia era sufocada, e no qual o Romance ascendeu, substituindo-a. A obra que é considerada o primeiro romance por alguns é Dom Quixote de La Mancha de Miguel de Cervantes,( fazer a leitura deste romance) escrita em 1600. Apesar de essa ter sido uma tentativa de Cervantes de Parodiar a novela de Cavalaria, a obra ficou tão conhecida que deu margem ao crescimento desse tipo de narrativa, que como já foi dito veio substituir o gênero em decadência: a epopeia.

                                       #clicar no link abaixo, para se informar sobre o livro:
                                     
                                       http://www.psicoloucos.com/Resenhas-e-Resumos/dom-quixote-de-la-mancha-miguel-de-cervantes.html

         Os elementos que veremos a seguir têm como base a estrutura de uma narrativa tradicional. Nessa narrativa atuam personagens, que praticam ações em um espaço e tempo determinados. Estes são os elementos básicos que estruturam um romance clássico.
    AÇÃO - Não raro, a ação é confundida com enredo, ou com assunto. Ação é o conjunto, ou a sequência de acontecimentos (gestos e atos) no transcorrer de uma narrativa (conto, novela, romance ou peça teatral) que se desenvolve em determinados espaços e ao longo de um período de tempo (mais ou menos extenso). Sendo ação a sequência de acontecimentos que formam o enredo, existem várias possibilidades de composição dessa sequência, a saber:
    a) Encadeamento - as sequências sucedem-se segundo a ordem cronológica dos acontecimentos.
    b) Encaixe - uma ação é introduzida no meio de outra, cuja narração é interrompida, para ser retomada mais tarde.
    c) Alternância - duas ou mais ações vão sendo narradas alternadamente.
    Cabe lembrar que, para uma sequência de acontecimentos constituírem uma ação, elas devem estar relacionadas entre si, isto é, girando em torno da mesma questão, formando a unidade da ação, que por sua vez forma o núcleo dramático ou a célula dramática.
    Tanto o romance quanto a novela apresentam uma série de conflitos ou células dramáticas, porém, no romance são menos numerosas do que nas novelas. Em princípio, não há limite numérico para os núcleos dramáticos que podem compor um romance.

    NÚMERO DE PERSONAGENS - o número de personagens varia de obra a obra conforme a vontade do romancista e as necessidades impostas pelos dramas. O mínimo, porém, são duas personagens; do contrário, o conflito não se estabelece. E mesmo que uma só personagem ocupasse a cena, o conflito existiria se o seu interlocutor fosse convertido em pensamentos ou lembranças com os quais se conflitaria: o protagonista elabora mentalmente o conflito com outra personagem apenas representada pelas falas que compõem o monólogo interior.
    APRESENTAÇÃO DAS PERSONAGENS - As personagens vão adquirindo forma à medida que a narração evolui. No romance, para apresentar as personagens, o narrador pode valer-se dos seguintes métodos:
    a) Explícito ou Direto – Os traços físicos e/ou psicológicos da personagem são fornecidos explicitamente, quer pela própria personagem (autocaracterização), quer pelo narrador ou por outras personagens (heterocaracterização):
    b) Implícito ou Indireto – Os traços característicos da personagem vão se revelando a partir das suas atitudes e comportamentos no transcorrer da narrativa. É observando as personagens em ação que o leitor constrói o seu retrato físico e psicológico.

    Todo Romance se organiza a partir de uma trama, ou seja, em torno dos acontecimentos que são organizados em uma sequência temporal. A linguagem utilizada em um Romance é muito variável, vai depender de quem escreve de uma boa diferenciação entre linguagem escrita e linguagem oral e principalmente do tipo de Romance. 
    Vejamos alguns tipos de Romances mais conhecidos na Literatura Brasileira:
    Quanto ao tipo de abordagem:
    Romance Urbano: nele a vida social das grandes cidades era retratada, e o motivo das tramas eram, principalmente, as comuns intrigas amorosas, as traições, os ambientes urbanos e outras situações comuns da vida das pessoas que vivem neles.
    Romance Regionalista: Aborda questões sociais a respeito de determinadas regiões do Brasil, destacando características de cada região, linguajar típico da região muitas vezes é utilizado no Romance e as personagens são pessoas que vivem longe das cidades.
    Romance Indianista: Ocorrido principalmente no Romantismo, traz à tona a vida e os costumes indígenas. Algumas vezes, no Romantismo, trazem uma idealização do índio que vira um herói convivendo com o homem branco.
    Romance Histórico: como o próprio o nome diz, é um Romance que destaca vida e costumes de certa época e lugar da história. Faz uma mesclagem entre fatos realmente ocorridos e fatos fictícios.
    Quanto à época ou escola literária:
    Romance Romântico: Nesse tipo de Romance se destacavam os ideais cavalheirescos, a idealização da mulher e o heroísmo, dignidade e amor à pátria nas personagens masculinas. As narrativas traziam uma constante luta entre o bem e o mal, sempre com a vitória do bem. Narravam sempre histórias de amor, onde era certo o conhecido Final Feliz.
    Romance Realista: Tem características temáticas influenciadas pelo cientificismo da época. É carregado de críticas sociais e traz à tona defeitos dos homens que até então não eram revelados, como o materialismo, a traição, além de defeitos de caráter e personalidade explicados pelo determinismo. Personagens tipo são muito cultivadas nessas obras, ainda com o objetivo de criticar a sociedade. A linguagem é correta e a narrativa é lenta.
    Romance Naturalista: em muitos casos não se separa das narrativas realistas. Tem basicamente as mesmas características e foram produzidos no mesmo período. A diferença básica entre as duas tendências é que enquanto os Romances Realistas trazem personagens com características comuns à natureza humana, o Romance Naturalista tende aos aspectos patológicos, dando margem a características animalescas. A análise social é feita a partir de personagens marginalizadas.
    Romance ModernistaCaracteriza-se pelo seu caráter revolucionário e pelo protesto a qualquer tipo de convenção social. Como o movimento modernista teve várias tendências, às vezes até individuais, não podemos destacar muitas características em comum entre as obras. Traziam consigo forte crítica social e novas abordagens e visões do mundo.

        # Agora, diga qual tipo de abordagem o 'romance', Romeu e Julieta pertence? 
        # Por que este gênero chama-se 'romance'? Como é elaborada sua linguagem?
        # Quais os elementos utilizados para a estrutura do 'romance'?
        # Usando a "Intertextualidade", vamos transformar este lindo romance "Romeu e Julieta" em uma bela poesia? Pense nas falas das personagens, na trama do filme e crie um poema com a seguinte estrutura: 2 estrofes com 4 versos em cada estrofe, rimas: ABAB..... Boa escrita!

    Para relembrar:  

    Sugestão para leitura : "Dom Quixote de La Mancha" - Miguel Cervantes"e/ou "Dom Casmurro" - Machado de Assis . Pesquise aqui mesmo no blog :