Certamente que todos nós, em alguns momentos da infância, já vivemos os encantos dos contos de fadas. Também já vimos os nossos filhos ou outras crianças se deleitarem com eles. Ao estarem envolvidos num universo mágico, onde tudo é possível, os contos de fadas
«dizem à criança que, se for necessário, forças mágicas estarão prontas para a ajudar a triunfar sobre as adversidades»(Veloso 1994:44).
É bom lembrar que a fantasia sempre foi a forma mais privilegiada da literatura para a infância e que grandes autores, sobretudo românticos, evocaram os universos fantásticos das fadas, divulgando e consagrando os contos maravilhosos da tradição popular, o que levou ao enriquecimento do «patrimônio» da literatura destinada às crianças.
Os contos de fadas representam uma parte substancial do corpus das histórias contadas às crianças, cuja magia e fantasia espalham um encantamento inolvidável e duradouro, porque o conto, para além de divertir a criança e de lhe desenvolver a sua capacidade imaginativa, surge como uma maneira, ainda que disfarçada, de objectivar determinados conhecimentos, uma vez que se dirige à criança numa linguagem simbólica, bem distante da realidade do dia-a-dia, possibilitando o avanço da criança na compreensão da linguagem, ampliando o seu vocabulário, fazendo-a viver e relacionar-se com muitas realidades com as que, na vida real, possivelmente nunca entraria em contacto.
A criança acredita nos contos de fadas, porque se lhe dirigem numa forma que lhe é familiar: a forma mágica. No universo infantil, a fronteira entre animado/inanimado, homens/animais, real/imaginário é ainda ténue. A partir desse mundo, transportado fora do tempo (
«Era uma vez...») e do espaço ((
«Num reino distante... Num país longínquo...»), num universo desprovido da sua realidade quotidiana, os contos propõem, à criança, uma quantidade de personagens com as quais ela se pode identificar, segundo as suas necessidades do momento.
Os protagonistas dos contos, frequentemente, fazem grandes viagens. Por vezes, para efetuá-las servem-se de objetos mágicos. O importante é que sejam lugares muito distantes onde tudo é diferente e onde tudo é possível. Trata-se de um
«espaço fora da realidade comum em que vivemos, e onde os fenômenos não obedecem às leis naturais que nos regem»(Coelho 1984:122). Neste sentido, a distância desempenha um papel significativo e criador.
Quando se diz no início do conto
«Era uma vez...», o conto ganha vida e parece ser tão novo como quando foi contado pela primeira vez. Ao passarmos esta fase, entra-se no mundo da magia. Tal como em sonhos, a realidade aparece, por vezes, de pernas para o ar.
As fórmulas inicial e final servem para situar o conto no imaginário, proporcionando, à criança, partir numa viagem fantástica, de modo a entrar num mundo afastado, num mundo encantado, donde regressará com
«viveram felizes para sempre», anunciando que o conto terminou e a necessidade de continuar a transmissão. Estas fórmulas, estes rituais mostram que se trata de fantasia, de uma Terra do Nunca..
Eu professora Patricia com a Sininho (aluna-Rafaela) em 2012- desfile "Em um conto de fadas'
e a valsa dos príncipes e princesas.....
É preciso recordar que os contos de fadas são mais do que simples fantasias. Os seus heróis só alcançam uma felicidade completa depois de ultrapassarem várias dificuldades, vários obstáculos -as chamadas provas- e tanto há lugar para a dor como para a alegria, logo o
«poder dos contos reside na sua universalidade»(Jean, 1981:228).
Meu bem já não precisa falar comigo dengosa assim,
Brigas só pra depois ganhar mil carinhos de mim
Se eu aumento a voz você faz beicinho e chora
baixinho
E diz que a emoção dói seu coração
Já não acredito se você chora dizendo me amar
Eu sei que na verdade carinhos você quer ganhar
Um dia gatinha manhosa eu prendo você no meu coração
Quero ver você, fazer manha então presa no meu
coração
Quero ver você.
Já não acredito se você chora dizendo me amar
Eu sei que na verdade carinhos você quer ganhar
Um dia gatinha manhosa eu prendo você no meu coração
Quero ver você
Fazer manha então
Brigas só pra depois ganhar mil carinhos de mim
Se eu aumento a voz você faz beicinho e chora
baixinho
E diz que a emoção dói seu coração
Já não acredito se você chora dizendo me amar
Eu sei que na verdade carinhos você quer ganhar
Um dia gatinha manhosa eu prendo você no meu coração
Quero ver você, fazer manha então presa no meu
coração
Quero ver você.
Já não acredito se você chora dizendo me amar
Eu sei que na verdade carinhos você quer ganhar
Um dia gatinha manhosa eu prendo você no meu coração
Quero ver você
Fazer manha então
# foco: E.F
- Explorar o gênero CONTO com os alunos, estrutura,personagens,foco narrativo...
-Propor : assistir ao filme "Peter Pan"...após montar um caderno de contos para a sala, usando a imaginação e criatividade podendo criar novos contos ou continuar contos da fadas já conhecidos.
-Outra proposta interessante é o vídeo com música sobre um conto escolhido pelo aluno.( como este com Adriana interpretando a música "Gatinha manhosa").
- Em 2012, foi montado um projeto:"Em um conto de fadas",na E.E Antonio Padilha, com os professores de Arte , História e Língua Portuguesa; além do desfile , houve a dança -valsa dos príncipes e princesas .
Nenhum comentário:
Postar um comentário